Os dois anos de combate à fraude no SNS deram origem a 35 pessoas detidas, 250 arguidos, mais de 200 buscas, 59 inquéritos pendentes, seis acusações, um pedido de indemnização, superior a 4 milhões de euros, e suspeitas de fraudes de mais de 135 milhões de euros.
As denúncias tiveram várias origens. A maioria partiu da Inspecção Geral das Actividades em Saúde (IGAS) e do Infarmed. Contudo, tiveram igual importância as partipações realizadas pela Inspecção Geral de Finanças (IGF) e por farmácias, que desconfiaram de tantas receitas do mesmo medicamento passadas pelo mesmo médico ou de quem ia constantemente aviar as receitas.
Fonte da Polícia Judiciária (PJ) contou ao jornal i que as denúncias anónimas também têm vindo a multiplicar-se, motivadas pelas notícias de investigações com nomes apelativos como ‘Remédio Santo’ ou ‘Esquizopharma’, o que tem ajudado a desmantelar esquemas idênticos.
Nos últimos três meses, e segundo o balanço feito pelo Ministério da Justiça, registaram-se 50 novos casos e uma subida de quase 40% nos valores sob suspeita de fraude.
As operações de desmantelamento de fraudes ligadas às farmácias e às burlas do SNS ficaram mais ágeis desde o início do acordo de cooperação entre os ministérios da Saúde e da Justiça, assinado em Janeiro de 2012, o que é justificado por mais “diálogo” e melhores “mecanismos internos de despiste”.