O PIPARU foi criado em 2009, com um orçamento de cerca de 117 milhões de euros, para responder à "necessidade de intervenção prioritária na área da reabilitação urbana", e resultou de uma "inventariação e orçamentação das intervenções a considerar, nos domínios de reabilitação do edificado habitacional, dos equipamentos e dos espaços públicos".
O programa tem, ao longo dos anos, recebido críticas da oposição, que contesta as baixas taxas de execução dos projetos.
“Se a câmara aprovar as propostas da reunião de amanhã [quarta-feira], 93% do programa estará no terreno, entre obras adjudicadas e obras a concurso”, disse António Costa na sessão de hoje da Assembleia Municipal, em resposta às críticas da oposição ao PIPARU.
O deputado municipal António Prôa, do PSD, considerou que “as taxas de execução deste programa são uma vergonha”, e disse ainda que o PIPARU é “um caso emblemático de insucesso”.
“Quase tudo ficou por fazer em matéria reabilitação urbana. Nada mais ocorreu para além do Intendente”, argumentou.
No final da sessão, em declarações à Lusa, António Costa esclareceu que, “neste momento, 55,5 % das obras estão a mexer”. A partir de quarta-feira, acrescentou, se a câmara aprovar a adjudicação das obras previstas na ordem de trabalhos da reunião, “haverá 59 % em execução”. A acrescer a isto, disse, os 29,5 % de obras a concurso passam, na quarta-feira, a ser 34 %.
“Concluídos estes concursos, e as consequentes adjudicações, teremos 93 % do programa a mexer”, acrescentou.