Joaquim S., de 34 anos, residente numa freguesia de Penafiel, tinha perdido a guarda das filhas menores por as ter deixado com a avó materna para ir atrás da segunda mulher, depois de ter sido abandonado pela mãe das crianças, que está em paradeiro desconhecido.
Em 2010, viu a filha de dois anos, que tinha com a segunda mulher, morrer afogada no tanque da quinta onde habitava. Terá sido a gota de água para Joaquim S., que tentou suicidar-se duas vezes.
Ainda assim, quando a avó materna das crianças morreu, a guarda das meninas de 14 e 13 anos, foi atribuída a Joaquim, que acabou por abusar da filha mais velha durante oito meses, tendo engravidado-a.
Um familiar do homem e das meninas confessou ao DN que "nada fazia prever que tal acontecesse dentro daquela casa", já que Joaquim era apontado como "um bom pai, sempre muito atento e pronto a ajudar no que fosse preciso".
O familiar referiu ainda àquele jornal que a adolescente grávida “é uma menina calada, muito sossegada, que falava pouco”, pelo que não estranhavam o seu comportamento. "Estamos em choque", lamentou.
As duas irmãs estão agora entregues aos cuidados dos avós paternos, e, de acordo com o familiar, "estão bem".