Alguns cidadãos que morreram há mais de duas décadas estão a receber por parte da Direcção-Geral da Administração Interna cartas que dão conta das novas freguesias a que pertencem, para poderem exercer o direito de voto nas próximas eleições autárquicas, conta a edição desta sexta-feira do semanário Sol.
Aliás, houve já “perto de uma centena de reclamações” de familiares de eleitores falecidos há mais de 20 anos, de acordo com o que o próprio director-geral, José Miguéis, confirmou àquela publicação semanal.
A justificação fornecida pelo responsável prende-se com o facto de “o registo de óbitos ser mais difícil nessa altura”. “O sistema de comunicação de óbitos era feito de forma descentralizada e aos solavancos. Havia várias omissões”, sustenta José Miguéis.
O director-geral garante ainda que o número de mortos que consta dos cadernos eleitorais é “residual”.