Tem vindo a aumentar o número de crianças por sala, nas creches. Isto deve-se à proposta aprovada pelo Governo há dois anos, que previa um aumento de 20.000 vagas nas instituições.
Apesar de apenas se ter conseguido pouco mais de metade do pretendido – 13.000 vagas –, o número de funcionários é o mesmo que em 2011, o que significa menos crianças por cada profissional.
No caso nas salas dos bebés que ainda não começaram a andar o aumento foi de oito para 10 crianças. O mesmo aconteceu nas salas de crianças que estão a aprender a andar e que têm até 24 meses (acréscimo de 10 para 14 vagas), assim como nas salas dos 2 aos 3 anos (de 15 passou para 18).
Esta situação é "aflitiva" para os funcionários, essencialmente "na hora da higiene e da alimentação", explicou ao JN a educadora de infância Joana Trincadeiro, mostrando-se completamente contra a medida já que "cada criança requer muita atenção, que [assim] não pode ser dada".
Por outro lado, o presidente da Confederação Nacional das Associações de Pais (Confap), Jorge Ascenção sublinhou ao JN "as alterações não são preocupantes e não degradam a qualidade do serviço", acrescentando, contudo, que "estamos aquém de chegar às 20.000 necessárias".