PS acusa Governo de aproveitar Agosto para privatizar saúde

O PS acusou hoje o Governo da maioria PSD/CDS-PP de "aproveitar o mês de agosto" para desmantelar o Serviço Nacional de Saúde (SNS) e entregá-lo a privados.

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Lusa
26/08/2013 21:00 ‧ 26/08/2013 por Lusa

Política

Oposição

"Aproveitar o mês de agosto para, à socapa, ir desmantelando o SNS, sob o pretexto da difícil sustentabilidade do mesmo, não é sério. O PS não deixará que se faça cá o que já se vê em Espanha - a pretensa privatização da gestão pública dos hospitais e dos cuidados primários de saúde", afirmou o membro do Secretariado Nacional socialista Álvaro Beleza, na sede do partido em Lisboa.

O socialista considerou existir "uma tentativa encapotada de mirrar o SNS para transferir a saúde para grupos privados" e criticou também a sucessão de cortes protagonizados ou anunciados pelo executivo liderado por Passos Coelho.

"Os gastos públicos com a Saúde no orçamento para 2013 já estão abaixo da média da OCDE e da UE. Qual é o limite? Que país é que este Governo quer para os portugueses? Queremos a Etiópia, o Burkina-Faso? Que nível de SNS é que temos?", questionou.

Álvaro Beleza sublinhou que Portugal não pode continuar a ter "um ministro das Finanças na Saúde", referindo-se a Paulo Macedo, mas antes "um ministro que cuide da saúde dos portugueses".

"O SNS está no código genético do PS. Para o PS estão sempre as pessoas primeiro, neste caso os doentes", afiançou, acrescentando que "cortes em cima uns dos outros já não são nas gorduras nem no músculo, são cortar as mãos e os pés ao SNS".

O Jornal de Negócios noticiara que os centros de saúde vão ter reduções na despesa de 4% em 2014, o que, segundo o diário, se somaria a outros cortes já previstos e que ascenderiam a uma redução de despesa com pessoal na ordem dos 14,75 por cento.

No entanto, uma nota divulgada pelo Ministério da Saúde na sequência da notícia diz "não ter fundamento" o valor de redução de quase 15% na despesa com pessoal nas Administrações Regionais de Saúde e nos hospitais SPA que foi divulgado, uma vez que ainda se estão a elaborar propostas e "toda e qualquer previsão apresentada neste momento é prematura e sujeita a correções posteriores".

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