"É um primeiro-ministro fechado na sua obstinação, não reconhecendo qualquer erro, incapaz de tomar qualquer diálogo com o País", disse o líder parlamentar do BE, Luís Fazenda, numa declaração aos jornalistas feita no Parlamento.
O dirigente do Bloco sublinhou que Passos Coelho, durante a entrevista de mais de uma hora que deu na quinta-feira à televisão pública, não "reconheceu nenhum erro" e insistiu em "não alterar nada em relação à 'troika', à política que Portugal tem seguido junto dos credores internacionais".
"E como tal, isto foi mais do mesmo e é pior do mesmo. É cada vez pior do mesmo", sublinhou Luís Fazenda.
Para o líder parlamentar do BE, o primeiro-ministro devia ter reconhecido "o fracasso da receita da 'troika' [Comissão Europeia, Banco Central Europeu e Fundo Monetário Internacional]" e "o erro da alteração da Taxa Social Única", por ser "uma transferência directa do trabalho para o capital" que é "imoral e irracional".
Por outro lado, acrescentou, "o primeiro-ministro não explicou a derrapagem orçamental" e "inclusivamente ameaçou com outras medidas de austeridade para o futuro".