Tratamento igual para todos. Grosso modo, foi esta a decisão da CNE que obrigaria as televisões nacionais a darem igual tempo de antena a todos os partidos, sem excepção, que integram a corrida às autárquicas.
Os directores de informação dos vários canais em sinal aberto vieram dizer que se tratava de uma clara ingerência da CNE nos critérios editoriais das estações e agora são os partidos políticos que se vêm pronunciar, não poupando críticas àquela entidade.
O secretário-geral do PSD, Matos Rosa, manifesta, em declarações ao i “uma profunda preocupação com a posição da CNE”, que acusa de “anacronismo legislativo e conceptual” e de estar a promover “o crescimento da abstenção” no escrutínio agendado para 29 de Setembro.
Também os socialistas consideram que esta decisão “prejudica o acesso à informação” e “prejudica os cidadãos”, à semelhança do Bloco de Esquerda, que, por seu turno, apela ao bom senso por parte da CNE.
Saliente-se que, de acordo com a legislação em vigor, quem não der tratamento igualitário a todas as candidaturas incorre numa multa fixada em 9.995 euros.