Relvas teve conta de telemóvel paga por autarquia durante 10 anos

‘Má Despesa Pública’. Este é o nome do projecto da autoria de Rui Oliveira Marques e Bárbara Rosa, que, tendo começado como um blogue, saltou para as páginas de dois livros. O segundo foi lançado esta semana e debruça-se sobre os desperdícios de milhões de euros por parte das autarquias do País. Um dos exemplos fornecidos pelos autores reporta-se a Miguel Relvas, que, enquanto presidente da Assembleia Municipal de Tomar, teve, ao longo de 10 anos, a conta de telemóvel paga pela autarquia.

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Notícias Ao Minuto
13/09/2013 08:07 ‧ 13/09/2013 por Notícias Ao Minuto

Política

'Má Despesa Pública'

O antigo ministro Adjunto e dos Assuntos Parlamentares, Miguel Relvas, pôde, durante 10 anos, falar ao telefone indiscriminadamente, sem ter de se preocupar com as despesas associadas.

Afinal, era presidente da Assembleia Municipal de Tomar, e, nessa condição, a autarquia assumiu, ao longo de uma década, o pagamento da sua conta de telefone. Aliás, entre 2002 e 2004, e já a desempenhar funções como secretário de Estado da Administração Local, foi aquele município que continuou a suportar esses gastos.

Ora, este é apenas um dos muitos exemplos sinalizados no último livro decorrente do projecto ‘Má Despesa Pública’, da autoria de Rui Oliveira Marques e de Bárbara Rosa, que se centra nos milhões de euros desperdiçados pelas Câmaras Municipais do País. A obra lançada antes das primeiras eleições em que vigora a lei de limitação de mandatos é destacada pela edição desta sexta-feira do jornal i.

Vejamos outros casos. A autarquia de Braga despendeu 8 milhões de euros numa piscina olímpica cuja construção ficou por concluir. Por seu turno, a autarquia de Ourém injectou 40 mil euros num Festival de Cinema que nunca chegou a concretizar-se.

Ao mesmo tempo, Ponte de Sor investiu 8 milhões de euros num aeródromo para receber aviões, que, assinala o jornal i, só aterram em Lisboa, Porto e Faro, enquanto o autarca de Valongo gastou quase 12 mil euros em refeições.

“Estamos numa fase em que não há dinheiro, em que precisamos de bons serviços públicos, e isto é um alerta para que as pessoas sejam mais exigentes com as pessoas em quem votam”, salienta Rui Oliveira Marques em declarações ao i.

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