Basta uma breve consulta dos organogramas das câmaras do País e há dados que saltam à vista em algumas autarquias. E não se está a falar de contas mas sim de laços familiares.
Dos casos conhecidos, o mais mediático talvez seja o de Loures, autarquia que emprega a mulher, a filha, o irmão e dois cunhados do presidente Carlos Teixeira, escreve o Diário de Noticias. No Funchal, trabalha a mulher do presidente Miguel Albuquerque. Em Almada, a filha e o sobrinho da líder autárquica trabalham nos Serviços Municipalizados de Água (SMAS) e Saneamento.
Em Mirando do Corvo, o marido da presidente era o seu chefe de gabinete e agora é chefe de divisão. Em Viseu, a filha do vice-presidente é funcionária dos SMAS. Em Aveiro, a mulher de um dos vereadores foi contratada como técnica superior. E em Soure a filha do presidente trabalha no gabinete do pai.
O Diário de Notícias confirmou todos estes exemplos, mas algumas autarquias não quiseram dar explicações, foi o caso de Loures, Funchal e Almada.
Noutros casos as câmaras fizeram questão de sublinhar a legalidade das contratações, afastando qualquer influência do presidente da autarquia.