"Acredito que vamos ter uma surpresa. Não é surpresa para mim porque acredito piamente que os portuenses vão escolher para presidente um candidato sem qualquer estrutura a apoiar, sem qualquer partido e cuja campanha se revê em pessoas de valor, já que a maior crise que se atravessa é de valores", disse, após visitar a rua de Cedofeita e o bairro da Pasteleira.
E acrescentou: "A mensagem que queremos transmitir é de união. Queremos unir o Porto e só uma lista de cidadãos que vão além dos partidos conseguirá fazer do Porto grande e dinâmico. Queremos recuperar o orgulho do Porto e isso só acontecerá quando tivermos uma cidade dinâmica e ativa".
Nuno Cardoso explicou que o primeiro dia de campanha passou pela rua de Cedofeita uma vez que, em tempos, essa "foi uma área de grande exploração comercial e emblemática".
"Começámos por uma área emblemática. E foi Cedofeita para mostrar que queremos apostar aí como um grande centro comercial em céu aberto. Queremos reativar essa zona comercial, com aquela vida de antigamente. Queremos reanimá-la, queremos que os edifícios sejam ocupados e que a rua ganhe a vida de outrora e volte a tornar-se num marco do comércio", reforçou ainda Nuno Cardoso.
O candidato independente referiu ainda o encontro que teve com o bispo D.Manuel Martins.
"Estive ainda à conversa com o bispo D. Manuel Martins. Foi uma bênção. Foi bom estar com alguém com aquela dimensão humana. A nossa candidatura revê-se nisso", disse.
Na parte da tarde, Nuno Cardoso esteve no bairro da Pasteleira, uma zona bastante problemática do Porto e onde o candidato à Câmara do Porto garantiu ter sido "muito bem recebido".
"As pessoas tratam-me por presidente porque se lembram bem de mim quando estive na Câmara. Isso dá-me um grande ânimo. Mas queremos fazer mais e melhor. Esta candidatura é do povo e o nosso vínculo é com o povo", reafirmou Nuno Cardoso que admitiu ainda: "Queremos criar pontes para tirar da miséria famílias que estão a viver sem dignidade. Isso é o mais urgente".
Nuno Cardoso presidiu à Câmara do Porto entre 1999 e 2002, quando Fernando Gomes abandonou o cargo para ser ministro da Administração Interna, no último Governo de António Guterres.
Além de Cardoso, concorrem à Câmara do Porto Luís Filipe Menezes (PSD/MPT/PPM), Manuel Pizarro (PS), Rui Moreira (independente), Pedro Carvalho (CDU), José Soeiro (BE), José Carlos Santos (PCTP/MRPP) e José Manuel Costa Pereira (PTP).
O social-democrata Rui Rio, eleito pelo PSD/CDS-PP, é presidente da Câmara do Porto há três mandatos e não pode voltar a candidatar-se.