A Comissão Nacional de Eleições (CNE) está de olho nos media, em especial devido a toda a polémica da cobertura das campanhas e a recusa das televisões, e já instaurou 33 processos relacionados com as autárquicas só na última semana, e 15 destes referem um “tratamento jornalístico discriminatório”.
No geral a maioria dos processos abertos pela CNE dizem respeito a violação do princípio da “neutralidade e imparcialidade das entidades públicas”, mas desde que as televisões decidiram limitar a cobertura mediática das campanha é outro o motivo que gera a maioria das queixas, o chamado “jornalismo discriminatório”.
Nas últimas semanas, os portugueses têm assistido a uma verdadeira troca de galhardetes entre comunicação social, em especial e as televisões, e a CNE. A primeira acusa a segunda de fazer uma interpretação restritiva da legislação, mas o regulador atira apara o Parlamento a responsabilidade de alterar a lei.
Já não vão a tempo, mas os dois maiores partidos do Parlamento parecem ter-se entendido quanto à necessidade de mudar a lei, o que será feito só depois das autárquicas a 29 de Setembro.