Bloco acusa ministro Rui Machete de mentir ao Parlamento

Em causa está uma carta que o actual ministro dos Estrangeiros, Rui Machete, enviou em Novembro de 2008 ao, à data, líder parlamentar do Bloco de Esquerda, Luís Fazenda, e na qual garante que nunca tinha sido “sócio ou accionista” da Sociedade Lusa de Negócios. Mas, e como o próprio confirmou aquando da tomada de posse, a verdade é que Machete foi accionista da SLN. O actual coordenador do Bloco, João Semedo, diz por isso ao semanário Expresso que vai enviar uma queixa ao Ministério Público.

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Notícias Ao Minuto
21/09/2013 08:46 ‧ 21/09/2013 por Notícias Ao Minuto

Política

Caso BPN

O semanário Expresso conta hoje que o actual ministro Rui Machete enviou em Novembro de 2008 um carta ao, na altura, líder parlamentar do Bloco de Esquerda, Luís Fazenda, na assegurava que nunca tinha sido “sócio ou accionista” da SLN, detentora do BPN.

“Tão pouco pertenci à administração, conselho fiscal, fui ou sócio ou accionista da Sociedade Lusa de Negócios”. Esta é a frase, que consta da carta enviada por Machete ao bloquista e que, como o próprio actual ministro dos Negócios Estrangeiros confirmou recentemente, desmente o que disse, porque Machete foi efectivamente accionista da SLN.

De acordo com o semanário, a carta foi enviada voluntariamente ao representante do Bloco depois de o partido ter solicitado a comparência de Rui Machete na comissão de inquérito ao caso BPN.

O actual coordenador do Bloco de Esquerda, João Semedo, considera que “a carta enviada pelo próprio mostra que Rui Machete mentiu ao Parlamento no âmbito da comissão do caso BPN. Desconheço as razões pelas quais disse que nunca tinha sido accionista, quando o foi entre 200 e 2007, mas sei as consequências que esse acto teve”, salienta.

Sustentando que “um cidadão que mente não tem condições políticas para ser membro de um Governo”, ainda para mais quando o fez numa comissão de inquérito, o que “carreta responsabilidade pessoal e consequências criminais”, João Semedo afirma que “o mais natural é que a Assembleia da República comunique esse facto ao Ministério Público.”

Mas, assegura o bloquista, “se mais ninguém o fizer, o Bloco não hesitará.”

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