A percepção de risco, que aumentou com a demissão de Gaspar e ameaça de Portas, face a Portugal obrigou a pagar mais juros nos leilões de bilhetes de Tesouro, ao todo foram mais 14 milhões de euros em juros.
Nos seis leilões de dívida, realizados após a saída de Gaspar e o pedido de demissão do agora vice-primeiro-ministro, o Tesouro pagou sempre taxas de juro mais elevadas.
Veja-se o exemplo da última emissão de dívida, na semana passada: o Estado ‘vendeu’ bilhetes do Tesouro a 18 meses com uma taxa implícita de 2,293%, enquanto em Junho esta tinha sido de 1,603%.
Cálculos do Jornal de Negócios dão conta de um prejuízo de 13,86 milhões na emissão de bilhetes. Daí que a pressão dos credores esteja a aumentar para o Governo, que não pode fechar os olhos ao impacto que qualquer querela política ou um chumbo do Tribunal Constitucional tem nos mercados.