“Este arraial de pancadaria psicológica que as pessoas levam, de cada vez que abrem a televisão ou ouvem a rádio, em vésperas de eleições autárquicas, não augura nada de bom para a participação e para o sentido de voto”, acredita Santana Lopes.
O antigo chefe do Governo considera que haverá baixa participação nas eleições de domingo, em especial devido a “esta estupidez sem nome das televisões não poderem fazer o devido tratamento das autárquicas”.
O social-democrata sublinha que “não se pode falar de autárquicas, o primeiro-ministro não pode dar entrevistas em período de campanha, muitos candidatos só o puderam ser à última hora… Enfim é uma fase da ‘democracia suspensa’ (para usar uma expressão tão criticada de Manuela Ferreira Leite)”.
Por tudo isto, e pela gravidade da crise actual, Santana Lopes defende que “estas são umas eleições especiais, a 17 dias do termo do prazo para apresentação do Orçamento e com duas avaliações dos nossos credores a decorrerem”.
E deixa ainda o conselho: “Precisamos todos de pensar bem no significado do nosso voto no próximo domingo”.