Soares: "O Povo odeia Passos"

O histórico socialista continua a ter no primeiro-ministro o seu alvo preferencial, e no seu artigo de opinião do Diário de Notícias, Mário Soares escreve que Passos devia ter-se demitido mas que não o terá feito “certamente porque se julga eterno”. E acrescenta: “Assim, vai acabar mal. Muito mal. É que o Povo está farto - odeia-o - e não vai aguentar muito mais tempo esta situação”.

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Notícias Ao Minuto
02/10/2013 10:55 ‧ 02/10/2013 por Notícias Ao Minuto

Política

Opinião

Mário Soares acredita que os portugueses “odeiam” o Governo, mas que esse sentimento também se pode referir ao próprio primeiro-ministro. “Assim, vai acabar mal. Muito mal. É que o Povo está farto - odeia-o - e não vai aguentar muito mais tempo esta situação”, sublinha o antigo chefe de Estado.

“Passos Coelho reconheceu a derrota. É verdade. E até felicitou António José Seguro, líder do PS. Mas logo a seguir disse que não tencionava demitir-se... Certamente porque se julga eterno, por direito divino, se calhar, visto que até perdeu na sua própria terra, Vila Real de Trás-os-Montes. Não seguiu o bom exemplo de Guterres, por muito menos. Porquê? Porque não tem vergonha na cara?”, acrescentou Soares.

Para Soares, a situação ainda vai piorar, pois o “Governo vai ter de pagar o que já não tem para pagar”, e lembra que o Orçamento ainda não é conhecido, “porque para Passos Coelho, apesar de falar pelos cotovelos, o segredo é a alma do negócio”.

Sobre o vice-primeiro-ministro, o socialista também nada de bom tem a dizer: “Portas, o chamado vice-primeiro-ministro, que aliás tem a missão (super ingrata) de falar com a troika, parece não saber como. A troika só pensa em comprometer o Partido Socialista, que só se fosse irresponsável aceitaria tal negócio”. 

Na opinião do antigo chefe de Estado, “é o péssimo que se segue ao pior. Ninguém sabe ao certo o que aí vem”.

O histórico socialista aproveita ainda para apontar baterias a Cavaco Silva dizendo que “agora deu-lhe para viajar. É uma outra maneira de fugir a falar aos seus compatriotas”.

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