Maria Filomena Mónica, de 70 anos, afirma que “nunca ninguém desceu tão baixo” como Sócrates e que “não há nenhum governante pior” do que ele.
Sobre Passos Coelho, a socióloga confessa que a irrita “muito mais agora, do que quando tomou posse!”, e explica: O “Governo impôs-nos uma austeridade brutal que eu aceito. Estou a ganhar menos 40% do que há cinco anos”, sendo que só defende que aquilo que lhe tiraram “seja distribuído equitativamente pelos menos felizes”. “Mas não é isso que está a suceder. Está tudo a deslizar. É como se [o Governo] fosse um pudim que está a deslaçar”, sublinha Maria Filomena Mónica.
Para a socióloga, é “absolutamente escandaloso que quer o Presidente da República quer a presidente da Assembleia estejam a receber reformas avultadas por cargos que não estão a exercer”. A escritora lembra que Cavaco “recebe pensão do Banco de Portugal e de professor universitário”, e que deveria abdicar das pensões, retomando-as quando saísse do cargo, coisa que Maria Filomena Mónica espera que “não demore muito tempo”.
Aliás, na opinião da socióloga Cavaco até podia falar “só uma vez por ano, desde que se notasse nos olhos que está a falar com sinceridade, e não a ler um papel escrito por dois assessores”.
“Acho que este país é infeliz”, refere ainda Maria Filomena Mónica na entrevista ao Diário Económico, criticando a imagem de Zé Povinho e a subserviência dos portugueses mesmo nos seus protestos.