Do "assassinato político" às juras de verdade

O ministro dos Negócios Estrangeiros, Rui Machete, afirmou ontem que está em curso no País uma campanha sistemática de "assassinato político" contra alguns membros do Governo, através de um ataque à honra das pessoas. O governante negou qualquer contacto com o Ministério Público português sobre as investigações criminais a cidadãos angolanos e refutou ainda ter faltado à verdade perante a Comissão Parlamentar de inquérito sobre o Banco Português de Negócios (BPN).

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Notícias Ao Minuto com Lusa
09/10/2013 08:56 ‧ 09/10/2013 por Notícias Ao Minuto com Lusa

Política

Machete

Rui Machete falava ontem na Comissão Parlamentar de Negócios Estrangeiros, após o PS, por intermédio de Pedro Silva Pereira, ter pedido a sua demissão do Governo na sequência da entrevista que concedeu à Rádio Nacional de Angola e de o dirigente da bancada social-democrata António Rodrigues ter aludido a uma "campanha" contra o titular da pasta dos Negócios Estrangeiros.

"Não é normal que se procure fazer uma campanha de ataque pessoal, que visa um verdadeiro assassinato político e um ataque à honra das pessoas", declarou o membro do Executivo.

Na perspectiva de Rui Machete, "somando as coisas, é hoje indubitável que pelos 'timings' utilizados, pelos argumentos e instrumentos usados, existe uma política de destruição deste ou daquele membro do Governo, tudo feito de uma forma sistemática nos vários meios de comunicação social ou por outros processos".

Na resposta ao ex-ministro socialista, Pedro Silva Pereira, Rui Machete contrapôs que "a crise" nas relações entre Portugal e Angola "foi o facto de ter havido uma violação do segredo de justiça" sobre alegadas investigações em curso no país.

"Na entrevista, procurei aproveitar o belíssimo clima com o meu homólogo angolano, explicando que - penso - este problema [das investigações] não se revestia da gravidade emprestada pelas autoridades angolanas. Foi um juízo político, mas [Pedro Silva Pereira], tentando fazer um interpretação jurídica, com uma análise carregada de interpretações jurídicas, falhou inteiramente o seu objectivo", sustentou o ministro dos Negócios Estrangeiros.

"Não tive nenhum contacto com a senhora Procuradora-geral da República, nem com qualquer outro magistrado do Ministério Público”, assegurou o governante.

Já no que diz respeito à polémica sobre as acções do BPN, segundo o titular da pasta dos Negócios Estrangeiros, a carta que escreveu a 5 de Novembro de 2008 ao deputado do Bloco de Esquerda Luís Fazenda, na qual comunicou a ideia "não exacta" de que não era accionista da Sociedade Lusa de Negócios (SLN), foi anterior à constituição da Comissão Parlamentar de inquérito sobre o BPN.

"Deste modo, a acusação de ter mentido ao Parlamento é totalmente destituída de fundamento”, salientou Machete.

O ministro alegou que o seu peso no capital social da SLN foi "correspondente a menos a de 0,01%”, e, como tal, “um pequeno lote de acções que, como é evidente, não é susceptível de influenciar a gestão de qualquer sociedade", argumentou o membro do Governo perante os deputados.

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