Segundo Vítor Silva, da candidatura Independentes por Fafe, quatro dos 13 juízes do Tribunal Constitucional defendiam a realização de novas eleições.
A recontagem será feita, em data a designar, pela assembleia de apuramento geral.
Em causa estão as secções de voto que não procederam ao envio dos boletins de votos nulos.
No apuramento local, o PS ganhou as eleições para a Câmara de Fafe por 15 votos de diferença em relação à lista independente.
Após a assembleia de apuramento geral, aquela vantagem foi ampliada para 20 votos.
O candidato da lista Independentes por Fafe, Parcídio Summavielle, anunciou imediatamente, em conferência de imprensa, que iria impugnar judicialmente as eleições, considerando que o ato configurou "uma chapelada".
"Em nome da verdade, vamos impugnar as eleições, tantas e tão graves foram as irregularidades detetadas na assembleia de apuramento geral", referiu Parcídio Summavielle.
Entre as irregularidades, os independentes apontaram um envelope de uma assembleia de voto que não estava selado nem assinado no exterior e resultados divulgados através de um "rascunho" de ata.
Atas sem qualquer referência ao número de votos arrecadado pelas várias forças concorrentes e votos nulos "que simplesmente desapareceram" ou que apareceram misturados com os do PS foram outras irregularidades denunciadas pelos independentes.
Segundo os membros desta lista, estas questões podem ser "decisivas" no apuramento do vencedor das eleições, tendo em conta a escassa vantagem que separa os Independentes por Fafe do PS.