“Se eu falhar a minha missão é um País inteiro que falha. Aquilo que me anima é a possibilidade poupar o País a uma consequência desastrosa”. Esta foi uma das declarações finais do primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, no âmbito do formato 'O País Pergunta', que ontem foi exibido pela RTP, no qual o chefe do Executivo foi confrontado com as angústias e dúvidas de cidadãos anónimos, representativos da sociedade portuguesa.
O líder do Governo saiu, uma vez mais, em defesa do ministro dos Negócios Estrangeiros, Rui Machete, garantindo que nada "há de grave no [seu] comportamento", e assinalando que mesmo que o governante se demitisse, não aceitaria essa decisão.
Sobre os cortes a levar a cabo nas pensões de sobrevivência, Passos pouco ou nada adiantou. Em contrapartida, o primeiro-ministro fez saber que será apresentado um Orçamento Rectificativo ainda este ano.
Já em relação à baixa do IVA para 13% no sector restauração, o primeiro-ministro não excluiu a medida, assegurando que a mesma será debatida em sede de Conselho de Ministros. No entanto, salvaguardou não querer "alimentar expectativas" face a essa possibilidade.
Passos admitiu que é a classe média quem está a pagar a maior factura da crise financeira que assola o País, sublinhando, contudo, que "é impossível baixar o défice sem cortar nos salários e pensões".
Quando aos aposentados, o líder do Executivo garantiu que não sofrerão mais penalizações em 2014 do que aquelas de que já foram alvo.