"O BE sempre combateu as benesses, todo o tipo de mordomias que aqueles que desempenham cargos públicos pudessem ter", declarou aos jornalistas o líder do grupo parlamentar bloquista, Pedro Filipe Soares.
O deputado falava no dia em que o Diário Económico noticia que o Governo da maioria pretende cortar 15 por cento das subvenções vitalícias dos políticos, eliminadas em 2005, mas ainda válidas para os que já tivessem direito a elas anteriormente.
"Em 2005 conseguimos fazer parte daqueles partidos que apoiaram esta mudança legislativa, o que permitiu dar um avanço na qualidade da nossa democracia. É curioso que o CDS, o único partido que não fez parte deste movimento, é agora o que parece ser mais radical na proposta. É um artifício, é forma, não é conteúdo", declarou Pedro Filipe Soares.
Antes, o vice-presidente da bancada do CDS-PP João Almeida defendeu, a título pessoal, a suspensão total das subvenções dos ex-políticos, considerando que um corte de 15% não é suficiente do ponto de vista ético.
"Entendo que esse esforço deve ser muito maior, entendo até que, do ponto de vista ético, não fazia sentido, neste momento, pagar qualquer subvenção a ex-políticos", afirmou João Almeida.