Suspender subvenções vitalícias é "demagogia completa"

Ângelo Correia considera que a possibilidade de eliminar as subvenções vitalícias dos políticos é uma “demagogia completa”. Em declarações prestadas ao semanário Sol, o ex-deputado do PSD disse, porém, concordar com o corte de 15% naquelas pensões.

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Notícias Ao Minuto
11/10/2013 16:27 ‧ 11/10/2013 por Notícias Ao Minuto

Política

Ângelo Correia

“Cortar tudo é demagogia completa. Há pessoas que não têm outros meios de subsistência. Conheço vários casos”, contou ao Sol o ex-ministro e antigo deputado do PSD, na sequência da proposta apresentada pelo deputado centrista João Almeida, que defende e eliminação das subvenções vitalícias dos políticos.

Porém, Ângelo Correia disse concordar com os cortes de 15% naquelas pensões, que está também em discussão para a proposta do Orçamento do Estado para 2014.

A mesma opinião é partilhada por Zita Seabra, frisando que os cortes “deviam ser iguais” aos praticados nas pensões de sobrevivência, ou seja, de 10%.

“Parece que se substituiu a luta da classe trabalhadora pela luta contra a classe política”, contou ao Sol a ex-deputada comunista, que recebe uma pensão vitalícia de cerca de 3.000 euros. Por isso, defende uma discussão alargada sobre a “degradação da qualidade da actual classe política” e a existência de “alguns privilégios”, como a reforma dos juízes do Tribunal Constitucional.

Já Ângelo Correia tem uma subvenção atribuída de cerca de 2.200 euros, pensão que lhe foi suspensa pela sua acumulação com o salário, mas que deverá voltar a receber quando chegar à reforma.

As pensões vitalícias deixaram de poder ser atribuídas em 2005 sob a governação de Sócrates, mas continuaram a ser um direito dos políticos que exercessem funções até à data da revogação.

Actualmente, segundo o Sol, recebem esta subvenção cerca de 400 pessoas.

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