"Este é um Governo de delinquentes"

Mário Soares, ex-Presidente da República, deixou bem claro, em entrevista ao Diário de Notícias, o que acha do panorama político actual. Defende que a troika está a “roubar” Portugal e não poupa críticas a Pedro Passos Coelho e ao próprio Presidente da República, Cavaco Silva.

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Notícias Ao Minuto
13/10/2013 08:59 ‧ 13/10/2013 por Notícias Ao Minuto

Política

Mário Soares

Em entrevista ao jornal Diário de Notícias, Mário Soares, co-fundador do PS, é peremptório na avaliação que faz da actual situação política em Portugal: “Este Governo não tem rei nem roque, nem sabe o que quer, nem sabe para onde vai.”

O ex-Presidente da República criticou fortemente as decisões que o partido social-democrata tem vindo a tomar, apontando que Portugal deveria seguir o exemplo da Argentina e não pagar a dívida. “O que a troika nos faz é um roubo. (…) Um país que fez o que nós fizemos, agora estar sujeitos a uns usurários que (…), com os juros imensos roubam o dinheiro todo de Portugal”, salienta.

Mário Soares acredita que o actual Governo, “é um Governo de delinquentes”. Defende que Rui Machete deveria ter tido a “sensibilidade e inteligência” de se demitir a ele próprio e Pedro Passos Coelho deveria fazer o mesmo: “Como é que é possível que o primeiro-ministro não se demita a ele próprio, depois de saber que é vaiado em toda a parte, que ninguém o toma a sério (…) e continue agarrado ao poder, como uma lapa?”.

O histórico socialista não poupa também Cavaco Silva afirmando que não entende por que o Presidente da República “anda pelo estrangeiro e não diz uma palavra”, concluindo que “é significativo do medo com que está como protector de um Governo que todo o povo odeia”.

Soares acredita que o Governo deveria ter caído na altura em que Paulo Portas se demitiu, assinalando que o seu retorno como vice-primeiro ministro “é de gente que não tem valores, princípio, espírito, nem carácter nem nada” e defende que, caso a actual Governo caísse, “seria a alegria nacional. Porque se isso tivesse acontecido, havia que encontrar uma situação sem delinquentes. (…) Podia haver um Governo de salvação nacional, por exemplo.”

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