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Rui Rio achou que devia destruir o seu partido

O líder demissionário da concelhia do PSD/Porto, Ricardo Almeida, disse hoje que Rui Rio, "na hora de ir embora achou que devia destruir o seu partido", sublinhado, porém, o orgulho que os sociais-democratas têm no mandato do presidente cessante.

Rui Rio achou que devia destruir o seu partido
Notícias ao Minuto

08:35 - 19/10/13 por Lusa

Política Ricardo Almeida

Ricardo Almeida falava à agência Lusa no final de uma assembleia da concelhia do PSD/Porto que terminou já na madrugada de hoje, criticando o "folhetim que só envergonha os partidos que é ver militantes do partido contra militantes do mesmo partido e quando os militantes perdem as eleições internas fazem candidaturas independentes".

"Eu tenho um agradecimento muito grande ao Dr. Rui Rio, foi um bom presidente de câmara, o PSD tem muito orgulho no mandato do Dr. Rui Rio, o PSD sempre esteve ao lado do Dr. Rui Rio, mas o Dr. Rui Rio na hora de ir embora achou que devia destruir o seu partido e, portanto, conseguiu", criticou.

Segundo o líder demissionário -- cujo sucessor será escolhido nas eleições para a concelhia que foram hoje marcadas para dia 06 de dezembro -, "a esmagadora maioria dos militantes do PSD do Porto ficou muito triste com Rui Rio e ficou muito triste" pela derrota nas eleições autárquicas de 29 de setembro.

Com um ponto único para "análise da situação política", a assembleia da concelhia do PSD/Porto começou na quinta-feira à noite, na Junta de Freguesia de Paranhos, mas devido ao elevado número de militantes inscritos para usar da palavra acabou por ser suspensa e retomada sexta-feira à noite na Junta de Freguesia do Bonfim.

A lista do PSD, encabeçada pelo antigo presidente da Câmara de Gaia, Luís Filipe Menezes, sofreu no Porto uma pesada derrota nas últimas autárquicas, ficando em terceiro lugar e perdendo a autarquia liderada por Rui Rio pela coligação PSD/CDS-PP.

Na sequência dos resultados das eleições, Ricardo Almeida demitiu-se do cargo assumindo "as responsabilidades" pelo "resultado desastroso" que o partido obteve nas eleições.

"O partido percebeu claramente que a nossa mensagem e os nossos projetos não passaram e que os militantes com responsabilidades na Câmara do Porto, nomeadamente militantes do PSD em que o partido depositou confiança, a que deu tudo, optaram por apoiar uma outra candidatura e essa candidatura foi vencedora", afirmou.

Rejeitando "liderar qualquer tipo de perseguição às pessoas" e garantindo que não fará "rigorosamente nada" para que haja expulsões de militantes, Ricardo Almeida criticou ainda o eurodeputado Paulo Rangel que "ficará sempre para a posteridade como um militante do PSD recente mas que tem como bandeira a divisão e a divisão entre militantes do seu próprio partido".

"Luís Filipe Menezes será sempre um bom candidato desde que lhe criem condições para expor as suas ideias. Isto foi uma campanha atípica. Vivemos de pequenas guerras e pessoas pequenas que andaram mais interessadas em destruir Luís Filipe Menezes do que propriamente a construir algo para a nossa cidade", condenou.

Entre as muitas intervenções da assembleia, destaque para a do antecessor de Ricardo Almeida, o deputado Paulo Rios, que defendeu a necessidade de "fazer um processo de clarificação no PSD do Porto" e de "mudar de rostos".

"Quero a rutura e a conciliação do partido para fazer uma oposição responsável no Porto. É preciso uma clarificação

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