Estabelecendo uma analogia entre a obra ‘O Velho e o Mar’, de Ernest Hemingway, e o Orçamento do Estado para 2014 [OE], o secretário nacional do PS para a Saúde, Álvaro Beleza, assinala, num artigo de opinião que hoje assina no Diário de Notícias, que “os portugueses sacrificam-se pelo OE, mas só ficam com a espinha e o peixe é roído por tubarões”.
Seguindo a mesma lógica de raciocínio, o socialista sublinha, que o “Serviço Nacional de Saúde é reduzido à espinha para que os interesses privados se alimentem”.
Álvaro Beleza lembra que foi “acusado pelos interesses que vivem do OE de ter preconceitos contra os privados”, mas garante que “nada é mais errado”. “Tenho é preconceito contra inverdades, injustiça e desperdício”, contrapõe.
“Os portugueses pagam impostos altos que deveriam ser suficientes para terem acesso aos hospitais públicos”, defende o socialista, pelo que “não deveriam ter de sustentar hospitais privados a viver do OE”. Até porque, diz Beleza, “esta dupla tributação não é devida à livre concorrência. Acontece porque os hospitais públicos são átrios de angariação dos doentes lucrativos para os privados”.
Por fim, realça o responsável ‘rosa’ para a Saúde, “este Governo erra duplamente: faz cortes cegos no público e concede dádivas cegas ao privado”, e remata: “Estes erros são destrutivos do SNS e dos impostos dos portugueses”.