"Os partidos falam para o boneco"

“A política tradicional faliu. Os partidos falam para o boneco”, afirmou Luís Marques Mendes, a noite passada na antena da SIC Notícias. O ex-líder do PSD considera que “os partidos hoje não estudam, não fazem os trabalhos de casa” e que “andam a enganar as pessoas, como se governar fosse uma tarefa fácil”.

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Notícias Ao Minuto
06/11/2013 06:05 ‧ 06/11/2013 por Notícias Ao Minuto

Política

Marques Mendes

No comentário político na Edição da Noite da SIC Notícias, o antigo líder social-democrata, Luís Marques Mendes, debruçou-se sobre as relações entre os partidos políticos e criticou a falta de entendimento entre as principais forças partidárias.

Num momento em que o País “devia estar unido para terminar o resgate em Junho do próximo ano”, o ex-líder do PSD mostrou-se perplexo com o facto de “os partidos não serem capazes de se entender numa única questão”, o que demonstra a “baixa qualidade do debate político”.

“Se correr mal, vai correr mal para todos e ninguém se vai salvar na fotografia”, lamentou o antigo social-democrata, para quem “uma questão central que contamina muito a política portuguesa é a ideia de que fazer um compromisso com outro partido é um acto de fraqueza”.

“Os partidos hoje não estudam, não fazem os trabalhos de casa, não vão às questões de fundo. Andam a enganar as pessoas, como se governar fosse uma tarefa fácil”, afirmou Marques Mendes, que considera que “as pessoas estão fartas de dar sinais de que não estão contentes com esta forma de fazer política”.

O comentador acredita que “a política tradicional faliu” e que “os partidos falam para o boneco”, mas que “as pessoas com bom senso percebem quem faz compromissos e quem anda a pregar música social”.

Em relação ao guião da Reforma do Estado, Marques Mendes considera que “na Saúde, Educação e Segurança Social é conveniente haver um consenso alargado”.

No que toca à possibilidade de aplicar uma taxa especial às Parcerias Público-Privadas (PPP), o político afirmou que “no País, ninguém compreende que haja coragem para cortar nas pensões e salários e que não haja coragem para uma taxa, ainda que transitória, nas PPP. Se isso não acontecer significa que [os partidos no Governo] são fortes com os fracos mas não são fortes com os fortes”.

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