O vice-primeiro-ministro, Paulo Portas, “está desesperado” pelo que o primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, “deixa-o ferver no seu próprio molho”, afirmou ontem na antena da Rádio Renascença o historiador José Pacheco Pereira.
Num comentário aos temas que marcam a actualidade, Pacheco Pereira abordou ainda o facto de o Presidente da República, Cavaco Silva, ter perdido “toda a margem de manobra”, fazendo “apelos desesperados ao diálogo, quando sabe que é um diálogo impossível”.
O professor universitário considera assim que “em Portugal há excelentes condições para o nascimento de movimentos populistas”, sendo que “estamos num estado de necessidade e engolimos tudo”.
Já sobre a greve da Função Pública, considerou que para ter um “significado considerável”, “não significa todo o País fechar”. “Basta haver uma greve que chegue aos 30% [de adesão]”, o que “é uma grande greve", concluiu Pacheco Pereira.