O Ministério Público já requereu autorização ao presidente da Assembleia da República para inquirir Tiago Barbosa Ribeiro a respeito de uma mensagem escrita que terá recebido de Azeredo Lopes, ministro da Defesa aquando do furto das armas de Tancos.
Até ao momento, o deputado socialista tem recusado falar sobre o tema, mas abriu uma pequena exceção, na madrugada desta segunda-feira, para ‘responder à letra’ a um jornalista - que entregou a carteira profissional para concorrer pelo CDS nas últimas eleições legislativas - que criticou a falta de consequências relacionadas com o caso Tancos.
Sebastião Bugalho escreveu no Twitter que a "transcrição de uma chamada chegou para desencadear um processo de impeachment a um Presidente”.
Porém, “por cá, um ministro acusado de abuso de poder com um deputado como cúmplice ‘não é assunto’ para campanha eleitoral”.
Tiago Barbosa Ribeiro não gostou do que leu e respondeu à letra, garantindo que o “único ‘cúmplice’” que existe é o próprio jornalista que andou a “fazer sucessivas ‘entrevistas da vida’ aos correligionários do partido [CDS] pelo qual se iria candidatar a deputado”.
Mas, sublinhou em resposta no Twitter, “felizmente o povo é soberano”.
Segundo o Ministério Público, o deputado socialista Tiago Barbosa Ribeiro terá recebido no seu telefone uma mensagem escrita do ex-ministro da Defesa Nacional Azeredo Lopes, em que este assumia que sabia a forma como foram recuperadas as armas roubadas na base militar de Tancos.
Tiago Barbosa Ribeiro salientou que não tem "nada a dizer sobre essa matéria", alegando que Tancos se trata de "um processo judicial".
"O que conheço sobre esse processo é aquilo que tem vindo a ser veiculado pela comunicação social. É um processo que não me diz diretamente respeito. Portanto, nada tenho a acrescentar relativamente a isso", declarou.