Uma entrada secundária, um elevador secreto, um corredor restrito são algumas das características do edifício da Câmara de Gondomar liderada durante 20 anos pelo major Valentim Loureiro, conta hoje o JN.
Quando estacionava o carro no parque da autarquia, onde só cabia o seu carro e o da filha, o major entrava no edifício por uma porta secundária, percorria depois um corredor de acesso muito restrito até um pequeno elevador, que só funcionava com uma chave e no qual só cabiam três pessoas.
Este elevador só subia até ao primeiro andar, onde Valentim Loureiro tinha instalado o seu gabinete, e através de um código. Aí chegado, só tinha de virar à esquerda para estar no seu gabinete.
Além destes subterfúgios, até agora desconhecidos na Câmara de Gondomar, o novo autarca Marco Martins, herdou ainda, conta o JN, o fax do major e a respectiva lista de contactos gravada no equipamento.
Mas o que lhe causou “transtorno” foi o facto de não ter computador para trabalhar. “Foi um problema que durou três a quatro dias, até arranjarem um novo.
Contactado pelo JN, o major Valentim Loureiro recusou comentar estas questões por considerar que são pouco relevantes.