Marcelo Rebelo de Sousa não deixou de frisar que Mário Soares “tem um papel fundamental na democracia”, contudo, classificou as mais recentes declarações do socialista como uma “tontaria”.
“Mário Soares foi Presidente da República e conhece a constituição e aquilo que propões ao País é um disparate. A demissão em simultâneo do Presidente da República e do primeiro-ministro é um disparate. A constituição não permite eleições simultâneas”, explicou.
Para o professor, a proposta de mentor do PS levaria a que Portugal estivesse “seis meses sem um Presidente e sem um primeiro-ministro em plenitude de funções”.
“Isto é uma tontaria, ele tem a obrigação de conhecer a Constituição. Um antigo Presidente da República não pode ter esses excessos retóricos”, criticou.
A decisão de Cavaco Silva em enviar a convergência de pensões para fiscalização preventiva por parte do Tribunal Constitucional (TC) é, para o comentador, “mais um pecado” de Soares. “Cavaco só não mandou para o TC o orçamento de 2012”.
Marcelo Rebelo de Sousa voltou a colocar na mesa a questão de eleições antecipadas e admitiu que, se acontecessem agora, António José Seguro e António Guterres seriam os candidatos aos principais cargos políticos no País.
“Há muito tempo que acho que Guterres ou Costa podem ser candidatos à Presidência, mas Costa iniciou agora um mandato”, disse.