Miguel Macedo fez jus às palavras de Passos Coelho, Paulo Portas e Maria Luís Albuquerque: “A coligação está focada na criação de soluções para sair do programa”. Em entrevista ao semanário Sol, o ministro da Administração Interna garantiu que “as pessoas [do Governo] não são insensíveis” e que estão “empenhadas” naquele que é o principal objectivo da governação: “Sair do programa de assistência financeira”.
Ainda antes de o Tribunal Constitucional (TC) anunciar o sétimo cartão vermelho mostrado à coligação PSD/CDS-PP, Miguel Macedo disse que um chumbo iria significar “mais e acrescidas dificuldades”, “implicando encontrar alternativas”. Essas mesmas alternativas, sublinhou o governante, podem passar por um maior corte na despesa ou mesmo por uma nova subida de impostos.
Miguel Macedo disse, também, que “o Orçamento para 2014 faz um ajustamento muito forte sobre a despesa, justamente para garantir que não haja um aumento de impostos”, mas defendeu que “algumas destas medidas podiam ter sido concretizadas mais cedo”.
Na eventualidade de um chumbo (que se veio confirmar na noite de ontem), Miguel Macedo garantiu que o Governo “saberá encontrar uma solução” pois, referiu, vê “um grande empenhamento dos parceiros da coligação no sentido de cumprir até ao fim este programa”.
“Não cumprir teria consequências catastróficas para o País, dramáticas para a população. Portanto, não tenho nenhuma dúvida de que a coligação está focada na criação de condições para sair do programa”, frisou.
Para o ministro, a força do Governo está na consciência de que “não há recurso para o País, se não fechar com sucesso este programa”.