Governo 'retoca' Orçamento a poucas horas de o entregar

Os ministros de Passos Coelho voltam a reunir para fechar a proposta do Orçamento do Estado (OE) para 2013.

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Lusa
15/10/2012 06:36 ‧ 15/10/2012 por Lusa

Política

Conselho de Ministros

"Na segunda-feira o documento será definitivo, fruto do trabalho desenvolvido anteriormente e dos Conselhos de Ministros, como sabem também está marcado um Conselho de Ministros para segunda-feira", afirmou o governante aos jornalistas, na passada sexta-feira, à margem de uma convenção anual de aeronáutica, em Lisboa.

Questionado sobre as versões preliminares do Orçamento que já circulam na comunicação social, o ministro da Defesa rejeitou "criar espuma" sobre documentos que "nem sequer têm em linha de conta reuniões de Conselho de Ministros" como a que recentemente se prolongou por cerca de vinte horas. "O Orçamento do Estado vai ser apresentado na segunda-feira (...) será muito mais saudável para todos que em vez de trabalharmos com bases especulativas, aqui e acolá provavelmente certas, aqui e acolá provavelmente erradas, esperarmos 72 horas e falarmos todos sobre o que é real", advogou.

José Pedro Aguiar-Branco considerou que não comentar antecipadamente a proposta que deverá ser conhecida na segunda-feira dá "um contributo de serenidade para a discussão de um tema tão importante, com factos verdadeiros".

"Aquilo que importa, para que não haja criação de espuma que depois cria situações que não correspondem à realidade, é nós aguardarmos por segunda-feira, calmamente, porque é isso que obedece aos termos legais e ao planeamento do Governo", sublinhou.

Na madrugada da passada quinta-feira, após uma reunião de cerca de vinte horas, que se iniciou na manhã de quarta-feira, o Conselho de Ministros aprovou a proposta de Orçamento do Estado para o próximo ano. 

Após a sessão de abertura da convenção anual da Associação Europeia das Indústrias de Defesa e Aeroespacial, o ministro disse ainda aos jornalistas que "o esforço do Governo é criar condições de competitividade maiores para as empresas".

"Nenhum trabalho de crescimento será possível se não conseguirmos ter o pressuposto essencial para isso que é o equilíbrio das contas públicas, se tivermos sistematicamente uma situação do ponto de vista orçamental que não permita libertar folgas para o investimento, é evidente que não é possível conseguirmos criar condições para as empresas", advertiu.

No seu discurso, Aguiar-Branco desafiou os grupos empresariais presentes neste evento a encetarem parcerias com as universidades, os centros de investigação e as empresas portuguesas.

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