"Na segunda-feira o documento será definitivo, fruto do trabalho desenvolvido anteriormente e dos Conselhos de Ministros, como sabem também está marcado um Conselho de Ministros para segunda-feira", afirmou o governante aos jornalistas, na passada sexta-feira, à margem de uma convenção anual de aeronáutica, em Lisboa.
Questionado sobre as versões preliminares do Orçamento que já circulam na comunicação social, o ministro da Defesa rejeitou "criar espuma" sobre documentos que "nem sequer têm em linha de conta reuniões de Conselho de Ministros" como a que recentemente se prolongou por cerca de vinte horas. "O Orçamento do Estado vai ser apresentado na segunda-feira (...) será muito mais saudável para todos que em vez de trabalharmos com bases especulativas, aqui e acolá provavelmente certas, aqui e acolá provavelmente erradas, esperarmos 72 horas e falarmos todos sobre o que é real", advogou.
José Pedro Aguiar-Branco considerou que não comentar antecipadamente a proposta que deverá ser conhecida na segunda-feira dá "um contributo de serenidade para a discussão de um tema tão importante, com factos verdadeiros".
"Aquilo que importa, para que não haja criação de espuma que depois cria situações que não correspondem à realidade, é nós aguardarmos por segunda-feira, calmamente, porque é isso que obedece aos termos legais e ao planeamento do Governo", sublinhou.
Na madrugada da passada quinta-feira, após uma reunião de cerca de vinte horas, que se iniciou na manhã de quarta-feira, o Conselho de Ministros aprovou a proposta de Orçamento do Estado para o próximo ano.
Após a sessão de abertura da convenção anual da Associação Europeia das Indústrias de Defesa e Aeroespacial, o ministro disse ainda aos jornalistas que "o esforço do Governo é criar condições de competitividade maiores para as empresas".
"Nenhum trabalho de crescimento será possível se não conseguirmos ter o pressuposto essencial para isso que é o equilíbrio das contas públicas, se tivermos sistematicamente uma situação do ponto de vista orçamental que não permita libertar folgas para o investimento, é evidente que não é possível conseguirmos criar condições para as empresas", advertiu.
No seu discurso, Aguiar-Branco desafiou os grupos empresariais presentes neste evento a encetarem parcerias com as universidades, os centros de investigação e as empresas portuguesas.