Um dia antes de os resultados do inquérito da Inspecção-Geral da Administração Interna sobre a manifestação da PSP de 21 de Novembro serem apresentados, Miguel Macedo garante ao Sol que “toda a gente tirou lições daquilo” e que “que foi uma situação de excepção que não pode constituir um precedente”.
“Respeitando o direito à manifestação, espero sempre que não esqueçam que são agentes da autoridade e que do seu comportamento depende a forma como toda a sociedade olha para as forças de segurança”, acrescentou o ministro da Administração Interna, deixando claro que “não foi criado um lugar” em Paris para o ex-director da PSP.
“Alguns meses antes, eu tinha descontinuado a presença de oficiais de ligação em Kiev e na Europol – porque não se justificavam. E, num quadro de intensa cooperação entre Espanha, França, Portugal e Marrocos, entendi adequado designar oficiais de ligação para Rabat e Paris – sendo que esta última recaiu no superintendente Valente Gomes”, esclareceu, deixando claro que “nem sabia qual era o salário” que o ex-director iria receber.
Ao Sol, o ministro deixou a garantia: “Eu só sou responsável pela nomeação, não pelo salário. O salário está fixado na lei”.