O espaço, um anfiteatro em relva, com metros de fitas a marcar os lugares, organizado por sectores, de A a F, junto à Avenida Cardeal Cerejeira, perto do monumento ao 25 de Abril de Cargaleiro, foi-se enchendo a partir das 16:00.
Um "grupo de camaradas" com folhas na mão, como dizia o animador do comício, estavam no recinto para "ajudar a enquadrar" os "camaradas e amigos" e encontrar os locais de cada um", separado por metro e meio ou outras vezes menos, conforme iam conversando ao som da música de Sérgio Godinho, Carlos Paredes ou Xutos e Pontapés.
Às 16:30, meia hora antes do início do comício com o secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, o animador lá foi pedindo que "os camaradas" fossem para os seus lugares.
Este é um comício feito num "quadro particular", a covid-19, palavra que não foi dita, e os comunistas apelaram aos comunistas que contribuam "para que tudo corra pelo melhor", no respeito pelo distanciamento entre os presentes.
Qual o número de pessoas previstos para o comício? Isso é algo que nem a organização do comício ou o gabinete de imprensa revelam.
E quando acabar, avisou o animador aos microfones, era pedido que ficassem nos seus lugares e esperassem as indicações para "uma saída de forma organizada, para manter o distanciamento que se exige".
"Que seja um exemplo, capacidade, determinação, organização, confiança e força do PCP e dos seus amigos para por o pais a avançar", ia repetindo o animador.
O PCP é o primeiro partido a organizar um comício após o período de confinamento do país causado pelo surto epidémico do novo coronavírus, que já infetou 34.693 pessoas e fez 1.479 mortos.
As palavras de ordem são "Nem um direito a menos, confiança e luta por uma vida melhor" e o comício desta tarde terá como orador principal o secretário-geral dos comunistas, Jerónimo de Sousa.
A pandemia de covid-19 já provocou quase 400 mil mortos e infetou mais de 6,9 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo o balanço feito pela agência francesa AFP.