“Não recebo há cinco meses. Vai-se sobrevivendo porque existe a família”, admitiu ao DN a Directora dos serviços de cultura da Assembleia Distrital de Lisboa, Maria Ermelinda Toscano, denunciando também a dívida por parte da autarquia relativa àquela entidade, que já vai em 107.540 euros, o equivalente a 95% do buraco orçamental.
Maria Ermelinda Toscano explicou ao DN que optou por sacrificar a sua remuneração, para que os seus funcionários (que estão integrados num museu, biblioteca, arquivo distrital, sector editorial e núcleo de investigação arqueológica) não ficassem sem salário: “Sinto responsabilidade sobre os trabalhadores e entendi que se alguém tivesse de prescindir dos salários seria eu”.
Numa carta enviada à Assembleia Distrital de Lisboa, António Costa dizia a 30 de Dezembro de 2011 que apesar de constar da Constituição, aquela instituição “não tem relevância no trabalho efectuado pelas autarquias, pelo que o seu funcionamento deveria ser suspenso até à próxima revisão constitucional”, não dando “nem mais um tostão (…) a uma entidade que não se enquadra da realidade autárquica”.
Fontes do gabinete do actual presidente da Câmara da capital confirmaram esta situação ao DN, afirmando que se vai manter.