O ano de 2013 ficou marcado por algumas remodelações do Governo, que perdeu dois dos nomes mais importantes da sua estrutura: o ministro das Finanças, Vítor Gaspar, e o dos Negócios Estrangeiros e líder do segundo partido da coligação, Paulo Portas.
A tensão que existia entre Portas e Passos Coelho, devido à substituição de Miguel Relva, à sétima avaliação da troika e à TSU dos pensionistas, fez com que o ministro de Estado batesse com a porta.
Esta saída, que aconteceu a 2 de Julho de 2013 e que coincidiu com a substituição de Vítor Gaspar por Maria Luís Albuquerque na pasta das Finanças, fez com que Cavaco Silva exigisse um compromisso de salvação nacional ao PSD, CDS e ao PS de Seguro.
Nas 24 horas que separaram as duas saídas, segundo o Diário Económico, o país assistiu à quebra na estabilidade da coligação PSD/CDS, perdeu credibilidade junto dos investidores, e os juros da dívida disparavam para 8%, colocando o País mais perto do segundo resgate. Esta crise no Governo fez com que a bolsa perdesse 2,3 mil milhões de euros.
Saliente-se que as remodelações deste ano deram origem a um CDS com mais peso, com António Pires de Lima na pasta de Economia e Paulo Portas como número dois do Governo, tendo este último ficado ainda responsável pelas relações com a troika.