"Confirma-se que o Governo está muito longe de atingir os objetivos que definiu para o défice orçamental, incluindo a meta já depois de renegociada com a ´troika'. Apesar deste falhanço, o Governo procura encontrar no próprio falhanço a justificação para novas medidas de agravamento, nomeadamente em 2013 de agravamento fiscal sobre os rendimentos dos trabalhadores e dos reformados - um aumento do IRS de 30 por cento. O défice não está controlado", disse, nos Passos Perdidos do Parlamento.
Segundo o INE, o défice orçamental atingiu os 5,9 por cento nos primeiros três trimestres do ano, uma redução de 0,2 pontos percentuais quando comparado com o défice registado no final de setembro de 2012.
"Não fosse essa uma retórica utilizada pelos partidos da maioria nas últimas semanas e podíamos dizer que se tratava de um lapso. O problema é que não é um lapso. É um discurso que têm repetido", afirmou ainda, relativamente à mensagem de boas festas do primeiro-ministro, o qual adiantara a criação de 120 mil postos de trabalho.
João Oliveira caracterizou o executivo da maioria PSD/CDS-PP como "o da destruição do emprego" e não "o da criação de emprego".
"Se compararmos setembro deste ano com setembro do ano passado, temos menos 100 mil postos de trabalho. Temos uma destruição líquida de 100 mil postos de trabalho. Se a comparação for com setembro de 2011, temos a destruição líquida de 300 mil postos de trabalho", justificou.
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Noticias Ao Minuto/Lusa