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"O Plano B é igual ao Plano A... O Governo só pensa em cortes"

Em declarações à TVI 24, o socialista João Galamba abordou o Plano B do Governo para compensar o chumbo do Tribunal Constitucional (TC) à convergência das pensões, referindo que o executivo de Passos Coelho deveria ter aproveitado o chumbo para deixar respirar a economia e tentar negociar uma flexibilização com a troika. O deputado critica a forma de comunicação deste Governo que acusa de estar sempre "a criar alarme social”.

"O Plano B é igual ao Plano A... O Governo só pensa em cortes"
Notícias ao Minuto

22:14 - 02/01/14 por Notícias ao Minuto

Política João Galamba

No espaço de debate ‘Politica Mesmo’ da TVI 24, o socialista João Galamba criticou o Governo por voltar a apostar em cortes aos funcionários públicos e aos pensionistas, como resposta ao chumbo da convergência de pensões.

O deputado acusa o Governo de estar sempre a tentar contornar as decisões do Tribunal Constitucional, afirmando que este vê “o TC não como uma autoridade que se deve respeitar, mas como um obstáculo que se deve ultrapassar”.

Para Galamba, a conferência de imprensa realizada esta tarde após a reunião de Conselho de Ministros demonstra duas coisas: o Governo insiste na austeridade e em criar alarme social.

“Esta conferência hoje, tem duas marcas. O Governo insiste sempre nas mesmas medidas,ou seja, nos cortes aos pensionistas e aos funcionários públicos. Depois, não se entende, também, porque é que o Governo insiste nesta estratégia de criar alarme social. Ninguém pode concordar com esta forma de comunicar”, afirmou.

Galamba defendeu que o executivo de Passos Coelho tem tendência em falar de medidas sem que esteja ainda definido se estas vão ser tomadas ou não, o que é errado, pois aterroriza as pessoas sem motivo.

“O Governo tem de perceber que as medidas que toma interferem com os rendimentos das pessoas e que, por isso, devem ser bem explicadas e apenas devem ser comunicadas se forem tomadas”, referiu.

João Galamba demonstrou não estar de acordo com a medida que, segundo o próprio, apenas contribui em 0.2% para o PIB, defendendo que o Governo deveria ter aproveitado “o chumbo para deixar respirar a economia e não estar a causar estes problemas todos com riscos elevados de constitucionalidade”, e deveria ter negociado uma pequena flexibilização com a troika.

O deputado acrescentou ainda que quando o PS está em desacordo com uma medida tomada pelo executivo é porque não vê vantagens na mesma e não apenas por diferenças politicas.

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