Gaspar quis demitir-se mas Passos disse não

O jornal i avança, esta quarta-feira, que o ministro das Finanças, muito contestado nos últimos tempos dentro e fora do Governo, terá posto o seu lugar à disposição ainda antes da apresentação do Orçamento do Estado para o próximo ano, mas Passos Coelho segurou Vítor Gaspar, que tem sido afinal mais do que o seu braço-direito no Executivo.

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Notícias Ao Minuto
17/10/2012 07:31 ‧ 17/10/2012 por Notícias Ao Minuto

Política

Governo

Citando uma fonte próxima do ministro das Finanças, o jornal i conta hoje que Vítor Gaspar falou com o primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, e pôs o lugar à disposição ainda antes da conferência de apresentação do Orçamento para 2013, na segunda-feira passada.

Perante o rol de críticas às suas opções políticas dentro do próprio Governo, pelo CDS-PP e até por alguns ministros, Vítor Gaspar decidiu ter uma conversa pessoal com Passos Coelho na qual transmitiu ao primeiro-ministro a sua disponibilidade para abandonar o cargo, acrescenta o i.

Mas o chefe de Governo disse “não” e segurou o ministro que, nos últimos meses, tem sido mais do que o seu braço-direito.

Terá sido esta confiança transmitida por Passos Coelho que permitiu a Vítor Gaspar responder sem hesitação aos jornalistas, durante a apresentação do Orçamento do Estado, quando questionado sobre se se considerava “remodelável”.

Recorde-se que o ministro das Finanças frisou que ficaria no lugar enquanto fosse útil e que não estava a fazer mais do que a retribuir a Portugal o “enorme investimento” que o País colocou na sua educação. Mais, sublinhou Vítor Gaspar, “a composição do Governo está à disposição do primeiro-ministro”.

O jornal i refere ainda que Vítor Gaspar tem sido o principal foco de tensão entre os dois partidos da coligação governativa, por isso foram já várias as vozes que se referiram a ele como remodelável. Mas Passos parece ter uma opinião diferente.

Estes cenários de ameaças de demissão não são uma novidade num Governo que cada dia parece mais frágil.

Há cerca de um mês, foi o próprio primeiro-ministro que ponderou a saída depois de o ministro dos Negócios Estrageiros e líder do CDS, Paulo Portas, ter revelado ser contra as alterações na Taxa Social Única (TSU). Na altura, fontes próximas de Passos Coelho, esclareceram que o primeiro-ministro só não abandonou o cargo devido à situação de urgência que se vive em Portugal.

 

 

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