Portas, o "bom candidato a Belém"

O ministro da Economia, António Pires de Lima, avança, numa entrevista concedida ao jornal Público nas vésperas do congresso do seu partido, o CDS, que o vice-primeiro-ministro, Paulo Portas, poderá vir a ser “um bom candidato a Belém”. “Porque não? É uma possibilidade”, comenta o governante.

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Notícias Ao Minuto
09/01/2014 08:58 ‧ 09/01/2014 por Notícias Ao Minuto

Política

Pires de Lima

“Se tantas pessoas, sem provas dadas do ponto de vista executivo na política, são apresentadas como potenciais candidatos a Presidente [da República] em 2016 ou depois, (…) por que é que Paulo Portas, que tem um trajeto político que é conhecido, que tem provas dadas na governação em circunstâncias diferentes, e todas elas muito exigentes, não há de poder ser um bom candidato a Presidente da República, se assim o entender? É um cenário que está completamente em aberto”.

É desta forma que o ministro da Economia, António Pires de Lima, comenta, em entrevista ao Público, a hipótese de o líder do CDS e atual vice-primeiro-ministro, Paulo Portas, poder vir um dia a sentar-se na cadeira hoje ocupada por Cavaco Silva.

Aliás, em vésperas de congresso do partido, o governante centrista não poupa elogios a Portas, e em nada considera uma ofensiva a equiparação de Portas a um Álvaro Cunhal da Direita.

Por outro lado, e no que à matéria da baixa do IVA diz respeito, recorde-se que antes de integrar o Executivo Pires de Lima era defensor da diminuição deste imposto, o ministro salienta ter perdido essa “batalha”, salvaguardando: “Estou solidário com a decisão, o que não significa que tenha mudado de opinião”.

Até porque, assinala, “muitas vezes, para evitar um mal maior, temos de fazer coisas de que não gostamos”.

Ainda sobre a questão dos impostos, desta feita questionado acerca da baixa do IRS em 2015, o democrata-cristão responde: “Espero que sim. Acho que é fundamental ao nível da fiscalidade do trabalho entrarmos num registo que dê esperança às pessoas”.

Pires de Lima alerta ainda, destaca o Público, para uma massa de “excluídos” que podem não voltar a ter emprego, e, por outro lado, acautela: “Os discursos de euforia são perigosíssimos porque estão dissociados da vida real das pessoas”.

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