"Irrevogável" de Portas custou mais 800 milhões de austeridade
O antigo presidente do CDS-PP, Ribeiro e Castro, revela, na véspera do XXV congresso do partido, que não tenciona estar presente e tece algumas críticas a Paulo Portas. Em particular, Ribeiro e Castro sublinha que a crise que o atual líder centrista provocou em julho do ano passado custou mais “800 milhões de euros de austeridade”.
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Política Ribeiro e Castro
“Não estou a pensar ir. Não é uma declaração irrevogável mas creio que ir não faz muito sentido. Não tenho nenhuma moção [e] não é, aliás, hábito que os antigos presidentes do partido participem nos congressos”.
A afirmação pertence ao antigo líder centrista, Ribeiro e Castro que, esta sexta-feira, em declarações à Rádio Renascença, contesta a atuação do presidente do CDS, Paulo Portas, dando como exemplo o facto de termos “alienado a nossa credibilidade com a crise de julho”, espoletada pela demissão “irrevogável”, isso, salientou Ribeiro e Castro, “significou 800 milhões de euros de austeridade a mais”.
Ribeiro e Castro entende que tal atitude “não tem explicação”, até porque, sustenta, “se tivesse já teria sido apresentada”. “Recordo-me que [durante] essa crise houve dois conselhos nacionais, portanto houve duas reuniões com o povo, com a sua gente, e isso podia ser abordado” mas não foi, refere.
Além disso, “quando o presidente do partido” foi “designado no rescaldo [dessa crise] para ter o encargo da reforma do Estado, isso foi um convite enorme ao CDS”, através do qual “o presidente do CDS” passou a ter “a responsabilidade política de desenhar um programa que fosse hipermobilizador do País”. Pelo que, defende, “o partido devia ter sido convidado e mobilizado a dar ideias, os seus contributos” mas “não só não deu como não recebeu”.
Quanto ao XXV Congresso do CDS, agendado para este fim-se-semana em Oliveira do Bairro, Ribeiro e Castro considera surpreendente que, “olhando para as moções sobre a questão da coligação para as europeias, uma questão imediata, o que parece é que o congresso não vai sequer decidir a coligação para as europeias”.
“Devia fazê-lo já, os congressos existem para isso, para tomar decisões. Considero muito negativo que [o congresso] seja privado da tomada das decisões sobre isso”, reforça.
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