“Álvaro [Santos Pereira] para a OCDE, [José Luís] Arnaut para a G&S, Vítor [Gaspar] para o FMI” é caso para dizer, escreveu o ex-governante do PS, José Lello, na sua página, na rede social Facebook, que, “enquanto nos arruinavam o futuro, iam arrumando o futurozinho deles”, conta hoje o jornal i.
Em causa está o facto de, conforme avançou este fim-de-semana o semanário Expresso, Vítor Gaspar ser candidato ao departamento de política fiscal do Fundo Monetário Internacional (FMI), para o qual se candidatou no passado mês de dezembro, e do ex-ministro adjunto de Durão Barroso, José Luís Arnaut, para o conselho consultivo internacional da Goldman Sachs.
A juntar a estes dois antigos governantes está o caso de Álvaro Santos Pereira que, soube-se na passada semana, vai assumir a liderança do departamento da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) que faz a ponte com os ministérios das Finanças e Economia dos países membros.
Pela voz de António Galamba, secretário nacional do PS, escutou-se ainda que tudo isto, em particular o caso de Arnaut, prova “a confusão entre a política e os negócios”, referindo-se ao facto de o escritório do social-democrata ter estado envolvido num conjunto de privatizações, nomeadamente da “ANA, REN e CTT, onde o banco norte-americano detém [agora] a maior participação”.
Em declarações na SIC Notícias, José Luís Arnaut desvalorizou as acusações, esclarecendo que “quem vê isso como uma confusão [o envolvimento do seu escritório nas privatizações], é porque é muito pequeno, não tem dimensão e não percebeu a dimensão do mercado e o papel das pessoas no mundo internacional”.