Passos quer que escutas em que foi apanhado sejam divulgadas publicamente

O primeiro-ministro Passos Coelho afirmou no final do Conselho Nacional do PSD, que decorreu este sábado, não ter “nenhum receio” das escutas que terão sido realizadas no âmbito do caso ‘Monte Branco’.

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Eudora Ribeiro
21/10/2012 09:44 ‧ 21/10/2012 por Eudora Ribeiro

Política

Reação

Passos Coelho reagiu ontem à noite, no final do Conselho Nacional do PSD, à notícia avançada este fim-de-semana pelo Expresso, afirmando nada saber sobre o caso ‘Monte Branco’, onde terá sido apanhado num telefonema entre ele e um dos escutados no processo de uma rede de branqueamento de capitais e fraude fiscal.

O primeiro-ministro mostrou-se tranquilo em relação às escutas realizadas no âmbito dessa investigação, admitindo, contudo, que tenha havido violação do segredo de justiça.

“Se aquilo que esse jornal [Expresso] refere tem aderência à realidade, significa que houve uma quebra no segredo de justiça e desse ponto de vista é preciso saber o que se passou para que essa ilegalidade tivesse acontecido”, afirmou Passos Coelho.

Aos jornalistas, o primeiro-ministro afirmou estar tranquilo em relação às alegadas escutas. “Estou muito consciente das minhas conversas privadas ou telefónicas e não tenho nem sobre a operação que é descrita nessa notícia de jornal, nem sobre qualquer outra matéria, nenhum receio de que alguma coisa que tenha dito seja ao telefone, seja em privado venha ao conhecimento público”, frisou o primeiro-ministro, defendendo ainda que o teor dessas escutas seja divulgado publicamente.

“Qualquer que seja a matéria que lá esteja, desde já afirmo que tenho todo o prazer e até gosto em que essas escutas sejam publicamente reveladas”, disse Passos.

O semanário Expresso revelou, este fim-de-semana, que a Polícia Judiciária (PJ) gravou um telefonema com o primeiro-ministro no âmbito da investigação no caso ‘Monte Branco’. De acordo com o jornal, a Procuradoria Geral da República enviou essa escuta para o Supremo Tribunal de Justiça.

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