Moção de Passos a Rebelo de Sousa foi "um grande erro político"

Luís Marques Mendes, no seu comentário semanal no Jornal da Noite na SIC, defendeu que a falta de apoio de Passos Coelho à candidatura de Marcelo Rebelo de Sousa às Presidenciais de 2016 foi um erro político muito grande, que conferiu maior tranquilidade à esquerda.

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Andrea Pinto
25/01/2014 21:30 ‧ 25/01/2014 por Andrea Pinto

Política

Marques Mendes

Com Marcelo Rebelo de Sousa a desistir da sua candidatura às Presidenciais de 2016 e Durão Barroso a confirmar que não faz parte dos seus planos candidatar-se ao cargo , segundo o Expresso, Luís Marques Mendes considera que Pedro Passos Coelho se precipitou com a moção da sua recandidatura, onde referiu que não apoiava o primeiro candidato. Em declarações no ‘Jornal da Noite’ da SIC, o comentador defende que quem ganhou com esta situação foi a esquerda, que está mais confiante com uma vitória nas próximas eleições.  

“Acho que a moção de Passos é um erro político grande. Primeiro porque um político é suposto unir e ele dividiu. Depois porque Passos está a distrair as atenções do partido. O partido que devia estar centrado na situação económica do país, está afinal já a pensar nas presidenciais”, afirmou o ex- ministro dos Assuntos Parlamentares.

Para Marques Mendes, quem ficou contente foi Manuel Alegre e a esquerda, porque ficam assim mais confiantes de que os sociais democratas serão derrotados nas próximas eleições para o novo chefe de Estado.

O comentador critica o atual lider do partido ‘laranja’ de “alguma arrogância” por achar que Seguro “é fraquinho e frouxinho”, não tendo em conta que se o PS mudar de líder, estes poderão colocar-se numa situação complicada.

Marques Mendes comentou, ainda os resultados da execução orçamental que foram apresentados esta semana e que mostraram que Portugal conseguiu ficar abaixo do valor de défice que estava definido.

“É uma boa notícia, no plano macroeconómico e macrofinanceiro. Ficámos aquém do que estava definido, algo que a oposição não acreditava que seria possível, e isso é ótimo cá dentro e  lá fora”, referiu,  salientando que o ex-ministro das Finanças merece algum mérito neste resultado.

Apesar das criticas que frequentemente dirigiu a Vitor Gaspar, Marques Mendes confessou, esta noite, que este “merece um cumprimento especial e teve mérito nos resultados conseguidos nos primeiros 6 meses”.

Como consequência destes números , o político, que sempre defendeu a saída da troika com recurso a um programa cautelar, coloca agora a hipótese de uma saída à irlandesa ser mais vantajosa para Portugal. Ciente de que o país “está num bom caminho”, o social democrata acredita que a forma como Portugal vai sair da alçada do programa de ajuda financeira, deve ser decidido apenas no final do mesmo.

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