"Quero aqui declarar que o Governo não deixará de procurar o consenso mais alargado possível e não deixará de com o PS obter as respostas que são necessárias para que essa estratégia possa ser vista como uma estratégia credível", afirmou Pedro Passos Coelho.
Falando no debate quinzenal no parlamento, em resposta ao líder da bancada do CDS-PP, o chefe de Governo disse esperar, que "seja possível, como no acordo de parceria, chegar a um entendimento de médio prazo sobre aquilo que deve ser a evolução das contas públicas portuguesas e, portanto, da possibilidade de garantir uma descida do rácio da dívida".
Para Passos Coelho, a apresentação de um DEO "que seja credível" é "a primeira peça indispensável" para que "o país se possa apresentar, seja junto do Fundo Monetário Internacional, seja junto dos seus parceiros europeus, para concluir com sucesso o seu programa, e iniciar um novo caminho, que não será de milagre económico, mas que será de recuperação económica de Portugal".
Questionado pelo líder da bancada do CDS-PP, Nuno Magalhães, sobre o envolvimento passado ou futuro do PS no plano de infraestruturas de valor acrescentado, Passos respondeu que o relatório para esse plano foi elaborado por um grupo de trabalho constituído, "no essencial", por pessoas e entidades externas ao Governo e à administração pública.
Nesse sentido, disse o primeiro-ministro, nem o Governo nem o PS foram envolvidos na sua elaboração, considerando, contudo, que o documento ficará agora aberto ao envolvimento de todos os agentes, incluindo todos os partidos políticos.