"Nós precisamos de ter um Estado transparente e um Estado que honre a sua palavra e ter governos que prometem uma coisa em campanha eleitoral e cumprem aquilo que prometem no exercício da sua governação. Os últimos quatro governos prometeram todos que não aumentavam impostos e quando chegaram ao governo aumentaram esses impostos", afirmou António José Seguro, referindo-se a executivos desde 2004, durante uma intervenção na conferência mensal do Clube da Alameda.
Seguro disse ser muito criticado por fazer "poucas promessas", mas garantiu: "Todas as promessas que faço, se for necessário, ponho a minha assinatura por baixo, porque são para cumprir".
"Pode não ser muito atrativo, pode não gerar grandes ilusões, mas significa que é um contrato de confiança que tem de ser estabelecido com os portugueses porque também há hoje desencanto e desilusão com as instituições da nossa democracia e com os partidos políticos e com os políticos", referiu.
O líder socialista, que fez questão de lembrar a revolta de 31 de janeiro de 1891, no Porto, sublinhou que a "ideia de prestar contas de quatro em quatro anos é uma ideia do passado" e que "tem que se prestar contas, mas prestar contas permanentemente, porque isso gera elementos de confiança entre os cidadãos e o Governo e o Governo não pode ser uma estrutura neutra que aplica um programa".