“Se o PS fosse encostado à parede e chegasse à conclusão de que não havia maneira e que teria mesmo de fazer um pacote de austeridade de x milhões de euros, entre corte na despesa e aumento de impostos, pessoalmente, preferia o aumento de impostos”.
Esta foi a posição tomada por João Galamba durante uma entrevista ao Dinheiro Vivo. Para o socialista os ditos cortes na despesa “não são indolores e não são gorduras”. “São rendimentos de pessoas, de pensionistas ou de funcionários públicos. São prestações sociais para um conjunto significativo de portugueses”, explicou.
Além disso, Galamba defendeu que o “IRS é a maneira mais justa, economicamente menos negativa e mais compatível com o Estado de direito”.
O deputado socialista reconheceu que o “Governo cumpriu o limite quantitativo da troika”, mas admitiu que tal aconteceu apenas porque “a meta foi revista a meio do ano”,
Embora os mais recentes dados tenham apontado para uma melhoria económica, Galamba frisou que ainda é cedo para euforias e que o “Governo celebra um objetivo que foi cozinhado entre ele e a troika”.
“As pessoas chamam-lhe défice para efeitos do programa de ajustamento, eu chamo-lhe défice para efeitos do sucesso do Governo”, ironizou.