Pergunta sobre financiamento a campanha 'laranja' barrada por juiz

O Ministério Público foi impedido, ontem, pelo juiz Rui Coelho, de questionar Domingos Névoa sobre o possível financiamento ao PSD. Segundo o Jornal de Notícias, o empresário vai voltar a ser chamado para responder sobre as supostas transferências de verbas de que o Ministério afirma ter registo.

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Notícias Ao Minuto
06/02/2014 08:52 ‧ 06/02/2014 por Notícias Ao Minuto

Política

Bragaparques

O coletivo de juízes, presidido por Rui Coelho, não permitiu, na audição de ontem, que o Ministério Público colocasse questões relacionadas com um suposto financiamento de 20 mil euros na campanha do PSD, por entender que “extravasam o processo”.

Segundo avança o Jornal de Notícias, a procuradora Olga Barata questionou a testemunha sobre algum conhecimento face a estes donativos da Bragaparques à campanha social-democrata a Lisboa nas eleições autárquicas de 2005, mas a pergunta não foi permitida.

O Ministério Público quer ver a questão resolvida em tribunal e acabou por pedir a nulidade do despacho dos juízes. O tribunal terá agora dez dias para se pronunciar sobre esta questão.

À saída, o administrador da Bragaparques falou aos jornalistas e recusou que a empresa tenha feito quaisquer donativos para financiar campanhas. Além disso, Domingues Névoa afirmou que a Câmara de Lisboa lhe deve 350 milhões de euros e que os vai reclamar na justiça.

O empresário foi ouvido como testemunha no processo Bragaparques, relacionado com a permuta do Parque Mayer por parte dos terrenos da Feira Popular em Entrecampos, e a venda em hasta pública da área remanescente.

Neste processo são arguidos Carmona Rodrigues, Fontão de Carvalho e Eduarda Napoleão, ex-presidente e vereadores da Câmara de Lisboa, eleitos nessas autárquicas, e também os funcionários Remédio Pires, José Azevedo e Rui Macedo. 

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