Conheça os requisitos necessários para pertencer ao Governo

Para ser um membro do Governo não é preciso ter formação na área na qual vai trabalhar, basta ter a “confiança política” do líder. Esta é a conclusão retirada pelo Jornal de Negócios depois de ter conversado com Luís Marques Mendes (ex-líder do PSD), Almeida Henriques (ex-secretário de Estado) e Paulo Júlio (também ex-secretário de Estado).

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Notícias ao Minuto
12/02/2014 09:22 ‧ 12/02/2014 por Notícias ao Minuto

Política

Análise

Depois de várias entradas e saídas no atual Executivo, o Jornal de Negócios quis saber quais as características que os candidatos a governantes devem ter. Formação na área na qual vai desempenhar funções não é, todavia, uma delas. Os três homens da política ouvidos pela publicação sublinham a “confiança política” como o principal distintivo nestas andanças.

Para Luís Marques Mendes qualquer pessoa que queira desempenhar um cargo no Governo deve “ter uma boa preparação política e técnica, uma boa capacidade de trabalho e coragem”. O ex-líder do PSD referiu ainda que as qualificações não são mais importantes que a “confiança política”.

Almeida Henriques, ex-secretário de Estado do Desenvolvimento Regional e atual presidente da Câmara de Viseu, explicou que, na sua opinião, os requisitos mais importantes são a “confiança política, a experiência política e algum domínio da pasta”.

“Só deveria fazer parte do Governo quem tivesse experiência política”, sublinhou.

Por fim, o Jornal de Negócios conversou com Paulo Júlio, ex-secretário de Estado da Administração Local e atual CEO de uma empresa de Peneda, que assegurou que os “governantes devem “sobretudo ter um perfil executivo e as qualificações específicas para a área”.

Os três homens ligados à política apontaram unanimemente a confiança política como requisito principal o que, para Viriato Soromenho Marques (catedrático de Ciência Política), não é bom. “Os critérios mais valorizados são a pertença ao partido, a proximidade ao líder e a confiança política, o que é muito mau”, disse.

E rematou: “O Governo enveredou por um caminho de submissão total aos credores e à Alemanha. [Razão pela qual] muita gente se recusaria a colocar na sua biografia que esteve num Governo destes”.

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