O PS, afirmou hoje o primeiro-ministro Passos Coelho, “não precisa de ter pressa em responder” ao convite endereçado pelo chefe do Governo para “um consenso” entre os partidos do arco da governação que possa depois, junto dos “portugueses e dos investidores, oferecer garantias sobre a trajetória futura das finanças públicas”.
“Estamos a terminar o programa de ajustamento externo, e os termos em que o vamos concluir depende, no essencial, da confiança que os mercados financeiros tiverem na economia portuguesa”, reiterou o primeiro-ministro, sublinhando que essa “confiança” dependerá, consequentemente, “de um entendimento alargado” entre PSD/CDS e PS.
As declarações de Passos Coelho foram proferidas aos jornalistas, à margem da visita que realizou à 19ª edição do Salão Internacional do Sector Alimentar e de Bebidas (SISAB). Mas já ontem (domingo), em Castelo Branco, o chefe do Governo afirmou que um “entendimento conjunto” daria ao exterior um “sinal muitíssimo melhor” do país.
Hoje, o primeiro-ministro recuperou essa ideia, reforçando que a “convergência dos partidos do arco da governação é indispensável” e “quanto maior for (…) melhor é para Portugal”.
“Um entendimento alargado nesta matéria beneficia muito a perspetiva de Portugal poder concluir com sucesso o seu Programa de Assistência Económica e Financeira e de vir a ter juros mais baixos no financiamento futuro sempre que precisar de rolar uma parte da sua dívida nos mercados financeiros”, sustentou Passos Coelho.
Na 19ª edição da SISAB, Passos Coelho comentou ainda os mais recentes dados sobre a economia portuguesa, dando particular destaque aos números das exportações, no sentido de que “o facto de a nossa economia estar, finalmente, a recuperar, não nos pode desviar do objetivo de, até 2015, as nossas exportações representarem 45% do produto”.